17 de fevereiro de 2012

Desfazendo a pose

É tão difícil aceitar a diferença. O preconceito e o instinto de condenar também são frutos do pecado original. Quando nos rebelamos contra Deus e tomamos o seu lugar lá no Éden, assumimos também a cadeira de juiz, que era dele.

Desde então, temos construído um mundo cheio de violência, intolerância, frieza, porque não conseguimos aceitar que alguém pense diferente de nós. Enchemos os nossos peitos e dizemos para o outro: “Você é louco? O que é isso que você está fazendo? O que é isso que você disse? Que absurdo você acreditar nisso!"

Meu Deus! Como isto é chato! Como isto é insuportável! Mais insuportável ainda é saber que eu sou assim, que todos somos, que em algum momento fomos. Que aterrorizante! Que dor. Nós estabelecemos um padrão, nos colocamos acima dos outros e, por fim, condenamos e lançamos o nosso jugo.

É tênue a linha entre defendermos nossas convicções e desrespeitarmos a opinião alheia. Como é incômodo ser contrariado, ser confrontado, questionado. Mentalmente, selecionamos ferramentas que justifiquem nossa fala para que não nos sintamos desconfortáveis ou inferiores. É isso! Sempre queremos justificar as coisas na tentativa de sermos superiores e mantermos certa pose.

Como somos bobos! Como somos pequenos! Que haja tempo de andarmos na contramão da nossa natureza! Que haja tempo de amarmos, de respeitarmos, de sermos humildes.

“Eu vivo certo na contramão do meu desejo equivocado
Passei no meio da confusão andando sempre orientado
Eu não pedalo sozinho, não
Quem foi que disse que eu controlo o meu guidom?
Quem em guia é quem me fez.”
(Guidom – Crombie)

Um comentário:

  1. adorei o texto, e de fato é um desafio tremendo aceitarmos as diferenças, principalmente de pensamentos. que Deus continue te abançoando.paz
    gerson Farias

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"...fique à vontade, tire os sapatos e não pare nas escadas"