30 de dezembro de 2010

Partindo...

Obrigada a todos que se importaram comigo e com o Reino de Deus nos últimos meses. O investimento financeiro e espiritual de vocês foi e continuará sendo essencial para que esse Projeto aconteça. A batalha foi árdua e vocês fizeram grande diferença na minha vida.

Viajo dia 02/1 para São Paulo, às 6h e lá esperaremos pelo nosso voo para África do Sul que sérá às 19h. Chegando na África do Sul, aguardaremos pelo último voo que é para Luanda, capital de Angola. Ao chegar lá, teremos 2 dias de treinamento transcultural para então podermos de fato entrar em contato direto com os angolanos.

Nossa comunicação não será tão frequente, mas nos comunicaremos por Skype, twitter e pelo blog.

Blog: www.alfaeomega.org.br/projetoangola
Skype: carolinebotelho1
twitter: @nanocarol

Uma ótima entrada de ano para todos!
Até breve!
Amo vocês.

Até que cada estudante angolano conheça alguém que verdadeiramente segue a Cristo.

21 de dezembro de 2010

Preparativos para Angola - parte II

Falta um pouco mais de 1 semana para a minha viagem e todos as coisas tem cooperado até aqui para o meu bem. Falta pouco para eu completar meu sustento, as passagens já estão compradas e o visto quase saindo. Às vezes parece que é mentira que todas as coisas difíceis foram resolvidas. Apesar da parte financeira ser fundamental para eu me manter lá, quero refletir sobre outra coisa.

Eu e meus amigos estamos indo para um país castigado pela guerra civil que durou até poucos anos atrás. Além disso, a economia de lá é péssima e por isso as pessoas são tão miseráveis. Nós reclamamos da corrupção no Brasil, mas a corrupção em Angola é 10 vezes pior. Não poderia esquecer também das várias doenças que consomem a população como a AIDS, Malária, Cólera, Febre Amarela etc. Diante disso tudo e muito mais, nós enxergamos esperança e transformação para essa nação.

Nossa declaração de visão é : "Trabalhar pela reconstrução de Angola através da consolidação de um movimento espiritual liderado por estudantes angolanos". Os estudantes do Movimento Estudantil Alfa e Ômega, iniciado lá em 2009, estão super empolgados com a nossa chegada e vamos oferecer a eles todas as ferramentas necessárias para que um movimento espiritual se consolide e através da vida deles, os futuros líderes da nação, Angola seja transformada.

Castro Alves, poeta consagrado pelos escravos negros, tem uma poesia que se chama Vozes D'África, que termina assim:

"Cristo! embalde morreste sobre um monte
Teu sangue não lavou de minha fronte
A mancha original.
Ainda hoje são, por fado adverso,
Meus filhos - alimária do universo,
Eu - pasto universal...

Hoje em meu sangue a América se nutre
Condor que transforma-se em abutre,
Ave da escravidão,
Ela juntou-se às mais...irmã traidora
Qual de José os vis irmãos outrora
Vendem seu irmão.

Basta, Senhor! De teu potente braço
Role através dos astros e do espaço
Perdão pr'a os crimes meus!
Há dois mil anos eu soluço um grito...
escuta o brado meu lá no infinito,
Meu Deus! Senhor, meu Deus!!... "

Nós somos a geração que responde a Castro Alves. Respondemos que o Cristo que um dia morreu no monte lavou sim a mancha original de todos aqueles que creem nEle e o recebem; que nós, latino-americanos, somos seus irmãos e não os trairemos, mas levaremos justiça; e que Deus não quer puni-los, mas salvá-los, cessando com os gritos ecoados por todos esses anos.

Surgirá luz do meio do caos!
Eu creio nisso!

3 de dezembro de 2010

Preparativos para Angola - parte I

Nos últimos meses minha fé ficou mais "sarada" (hehe) e vou relatar um pouquinho disso nos próximos dias.

No SETREL (Seminário de Treinamento de Líderes) Campo Grande, em setembro, Deus me desafiou a ir ao Projeto Angola em janeiro de 2011, um dos projetos missionários do Alfa e Ômega. De início, eu resisti um pouco, afinal, esse Projeto custa $3.000. Além disso, meu pai que mora em Natal se casaria em fevereiro. Pensei em ir para o Projeto Sertão que é muito mais perto de Natal e muito mais barato também. Dessa forma, juntaria o últil ao agradável.

Lá no SETREL pude ouvir uma palavra desafiadora da Liege, uma missionária do AeO, que disse para nós não desconfiarmos da fidelidade de Deus e para não deixarmos de ir nos Projetos por causa do dinheiro. Pude refletir e perceber que, lá no fundinho, eu não tinha optado por Angola por causa do grande desafio de levantar $3.000, aproximadamente, R$5.100.

No meu ativismo e medo desenfreados, antes mesmo de me inscrever no Projeto, fiz muitas cartinhas que explicavam a nossa visão e saí distribuindo para todos os meus conhecidos possíveis. Eu pensava..."Para conseguir esse valor, preciso entregar minha cartinha para X pessoas, senão, matematicamente, será impossível conseguir esse valor. Preciso correr". Além disso, coloquei meu currículo em várias lojas para trabalhar no Natal.

Como é fácil esquecer que Deus não funciona de acordo com a nossa lógica e a nossa matemática. Apesar de o meu currículo ser bom, nenhuma das 15 lojas onde pus meu currículo me chamaram para trabalhar. Deus fez questão de me dizer que eu não precisaria de esforços humanos para conseguir o sustento e que eu precisava olhar para alguns caras da Bíblia e aprender mais sobre fé, oração e ação.

Em um dos meus discipulados, estudei sobre Neemias e vi como precisava imitá-lo. Neemias, ao ver que seu povo estava num momento difícil, orou; teve que Deus os abençoaria, se eles O buscassem; e agiu, indo até sua cidade natal para reconstruir os muros. Olhando para ele, percebi que tendo a agir demais e orar de menos.

Passei a depositar minhas orações, aflições e medos diante de Deus e a agir segundo os seus propósitos. O desespero que antes tomava conta do meu coração se transformou em paz e confiança. Fico impressionada ao ver como o sustento está chegando de uma forma surreal. Uma vez até falei para Deus: "Mas Deus...eu nem estou fazendo nada. Como pode o sustento estar chegando?" Hahaha. Imagino Deus com um sorrisinho de lado vendo o tamaninho da minha fé.

Algo que me marcou muito foi o Congresso de Mocidade Presbiteriana que aconteceu em novembro, onde me deram a oportunidade de compartilhar sobre o Projeto. Fiquei tão feliz ao ver pessoas me procurando para saber mais sobre o Alfa e Ômega, para ofertar, para dizer que iriam orar por mim e me ajudar. Eu realmente fiquei pasma com tamanho acolhimento e preocupação.

Olhando pra mim hoje, não sei como posso estar tão tranquila às vésperas da minha viagem e com uma grande quantia ainda faltando. Mas sabe...o meu coração está cheinho de confiança dada pelo próprio Deus. Afinal, o que são $3.000 para Ele. Nada! Foi Ele quem me chamou. Não preciso duvidar da sua fidelidade.

23 de novembro de 2010

Amizades Espirituais





Earl C. Willer conta a história de Jim e Phillip, dois meninos que cresceram juntos e se tornaram melhores amigos. Atravessaram a adolescência e a juventude juntos, e depois de formados na universidade decidiram ser tornar marines, os fuzileiros navais norte-americanos. Pro uma casualidade rara, foram enviados para a Alemanha e lutaram lado a lado em uma das mais cruéis batalhas da Segunda Guerra Mundial. No meio da batalha, sob fogo cruzado, explosões e muitas perdas, receberam ordem do comandante para que recuassem. Enquanto corriam em fuga, Jim percebeu que Phillip não estavam com os que voltavam. Entrou em pânico, pois sabia que se Phillip não retornasse em um dois minutos, provavelmente nunca mais o faria. Pediu ao comandante para que o deixasse voltar para buscar o amigo, mas não obteve permissão, sob a justificativa de que seria suicídio.


Arriscando a própria vida, Jim desobedeceu à ordem e voltou ao encontro de Phillip. Com o coração quase explodindo e sem fôlego, sumiu entre a fumaça, gritando pelo nome do amigo. Poucos instantes depois, tinha o amigo ferido nos braços, e tudo quanto conseguiu foi presenciar o último suspiro de vida de Phillip. Ao regressar para juntar-se aos outros soldados, o comandante estava aos berros. Dizia que aquele fora um ato impensado, tolo, inconseqüente e inútil. “Seu amigo estava morto, e não havia nada que você pudesse fazer.” ”O Senhor está errado”, replicou Jim. “Cheguei a tempo. Antes de morrer, suas ultimas palavras foram: ‘Eu sabia que você viria’”.


Esta história pequena e verídica, registrada por John Maxwell em seu livro “The theasure of a friend”, conduziu-me a muitas reflexões a respeito da amizade genuína e despertou em mim alguns sentimentos extraordinários. Vivemos a era da tecnologia, em que o valor de todas as coisas deriva de sua funcionalidade e eficiência. Tudo ao nosso redor vai aos poucos se tornando maquina de manipulação a serviço de nosso conforto e conveniência. Experimentamos um tipo de tecnostress, tentando equilibrar uma parafernália eletrônica que nos oprime com sues botões e suas falsas promessas de facilitação e simplificação da vida.


A maneira que nos relacionamos com os objetos é transferida para as pessoas. Organizamos a agenda como quem ajeita um painel de controle, colocando cada pessoa num lugar de fácil acesso, do outro lado de um botão de celular ou a alcance da mão, na exata distância entre o mouse e a remessa do e-mail. Pessoas que acionamos quando bem desejamos ou dela necessitamos. Pessoas que se tornam biotecnoparafernálias com a missão literal de funcionar para nos suprir e servir.


Talvez de tão acostumados a interagir com secretárias eletrônicas já não saibamos o que fazer, com que tom falar, com que dosagem de afetividade temperar a fala quando alguém de carne que osso nos atende. E assim vamos tocando os dias: maridos usando esposas, filhos usando pais, patrões usando funcionários, pastores usando seus rebanhos, empreendedores usando seus clientes, numa fila interminável de relacionamentos utilitaristas, que acontecem dinâmica de um vice-versa sem fim.


Com isso, perdemos a capacidade de estar ao lado desinteressadamente mesmo quando a única coisa que se pode fazer é estar ao lado. Manipuladores de máquinas, formos mordidos pelo vírus da onipotência que a tudo pretende fazer funcionar, e já não admitimos que há momentos na vida dos quando tudo o que podemos fazer é estar ao lado e ouvir: ”Eu sabia que você vivia”.



Larry Crabb fala sobre a comunidade como “o lugar mais seguro da Terra”, e diz que nos tornamos consertadores – não podemos suportar um problema a respeito do qual nada podemos fazer. Nossa preocupação é melhorar as coisas. Ouvimos desabafos e confissões entre lágrimas e os rotulamos como se fossem problemas a resolver. Ocupamo-nos em diagnosticar, abrimos nossas maletas de frases feitas e chavões como quem saca ferramentas, tecnobisturis para consertar tecnopessoas que recebemos não para abraçar, mas para estender sobre o balcão da pseudo-oficina psico-espiritual.



Chega de campanhas políticas, apelos institucionais, convocações para a “obra do Senhor”, atividades religiosas e frenesi expansionista. Já é hora de pagar o preço, qualquer que seja ele, diz Crabb, de fazer parte de uma comunidade espiritual, e não uma organização eclesiástica. Já é hora de nos lembrarmos que “não sois máquinas, homens é que sois”, como profetizou a pedra chamada Chaplin. Quero amigos. Amigos que voltem ao de batalha e arrisquem a vida por mim. Amigos que voltem ao campo de batalha e arrisquem a vida por mim. Amigos que me tomem nos braços, ainda que seja quase tarde. E quero viver a altura de cada um deles.




Ed Rene Kivitz

1 de novembro de 2010

Homenagem à vovó


Geralmente, as pessoas fazem homenagens para as outras somente após a morte delas. Mas eu não quero que isso aconteça com a minha avó. Longe de mim achar que ela está próxima da mesma, mas gostaria de fazer isso enquanto há tempo.
Vovó Luiza...é assim nós a chamamos!
Mas quando ela nos pergunta, temos que dizer que nós, netos, somos "lindas(os) da vovó".
Mesmo que agora ela ache que só o Vinícius, neto mais novo (9 anos), seja seu lindo, todas nós somos também!
Luiza Botelho Louro, 84 anos de pura sabedoria e vitalidade.
Quem acha que ela está velha, está enganado. A surdez é o único sinal de que a idade chegou. Fora isso, é um "broto", como ela diz pra gente.
A minha avó cresceu em lar humilde, na roça, mas desde criança foi ensinada a buscar a Deus e seus princípios. Ela e meu avô passaram isso para minha mãe e hoje estou aqui também, conhecendo o melhor de todos os caras: Jesus.
A minha avó troca os nomes de todo mundo, os nomes de mercado, os nomes de carro, mas ela nunca esquece das coisas importantes. Ela sempre quer passar pra todo mundo tudo o que ela acha edificante. Ela estuda dia e noite a Bíblia, faz resumos, tira xerox do que ela acha legal e entrega pras pessoas.
Tá certo que, por conta de sua hitória, ela tenha opiniões bem fortes e definidas parecendo ser meio durona, mas também tem um coração de ouro e, às vezes, até mole que é capaz de dar a roupa do corpo pra ajudar qualquer um.
Foi ela quem me ensinou a comer farofa de couve, de cebola e de tanajura. Foi ela quem não me deixou comer presunto e pizzas cheias de ketchup e nem beber tanto Nescau e refrigerante. Segundo ela, tudo isso é "porrrrrrcaria" e essas "tintas" (molhos de todos os tipos) não fazem bem pra ninguém, rs.
Além de cozinhar, ela faz cachecóis maravilhosos, croché, tricô, escreve, lê, tem uma ótima memória e, por isso, gosta de contar muitas histórias. Se algum dia você vier à minha casa, arranje tempo para ouvir pelo menos uma história dela. Ela não se cansa, acredite. Uma hitória puxa mil outras.
A minha avó sempre quer o nosso bem e ver o legado que ela deixou é fascinante. Não sei se ela tem consciência disso, mas, se eu estivesse no lugar dela, teria muito orgulho da vida que ela construiu e da educação que ela deu pras suas filhas e netos.
Vamos ver até quando ela vai construir coisas importantes e eternas. Agora, vamos continuar curtindo as tagarelices da D. Luiza. Há pelo menos 20 anos, ela diz que vai morrer logo logo, mas eu acredito que ela ainda vai chegar aos 100!

26 de outubro de 2010

De quando te achei

Encontro - Maria Gadú


Sai de si,

Vem curar teu mal,

Te transbordo em som,

Põe juízo em mim.

Teu olhar me tirou daqui,

Ampliou meu ser,

quero um pouco mais,

não tudo...

Pra gente não perder a graça no escuro.

No fundo...

Pode ser até pouquinho, sendo só pra mim

Sim.



Olhe só como a noite

Cresce em glória

E a distância traz nosso amanhecer.

Deixa estar que o que for pra ser vigora.

Eu sou tão feliz,

Vamos dividir

Os sonhos...

Que podem transformar o rumo da história.

Vem logo...

Que o tempo voa como eu,

Quando penso em

Você.



20 de setembro de 2010

Atada






Só pra deixar registrada a minha inútil-raiva-momentânea do sistema em que vivo: o capitalismo.


O sistema mais prazeroso e cruel que existe.


15 de agosto de 2010

Sensações


Vc já parou pra pensar nas sensações que vc tem sobre a vida, sobre o seu cachorro, a sua mãe, um amigo etc?
Um dia desses estava me lembrando de uma viagem que fiz em 2009 para Fortaleza e é impressionante como a medida que lembrava de pessoas, situações, objetos, eu conseguia ter a exata sensação que tive naquele ano. Lembrei de como o meu coração ardia por querer levar uma solução de vida para pessoas, de como eu curti algumas tardes com amigas na piscina ou, simplesmente, da cama torta que dormi durante 1 mês.
Enquanto minha mente passeava pelo solo cearense, o que mais me chamou atenção não foram só as situações, os objetos e pessoas, mas a sensação que a minha mente teve de todas aquelas coisas. Percebi isso também ao olhar um casal de amigos que casou e que é tão fofo que gera uma sensação boa por dentro.
Fiquei pensando, pensando e acho que posso afirmar uma coisa: as nossas sensações nos movem (ou nao, rs). Enfim, as nossas sensações nos fazem ter uma dimensão da vida e essa dimensão, consequentemente, nos leva a ter ou não determinadas atitudes.
Muitas coisas que geravam um calorzinho gostoso no meu coração em 2009 esfriaram um pouco ao longo desse mesmo ano e essa falta de sensação ou a presença de uma nova sensação me fez ficar um pouco paralisada, por exemplo.
Mas sabe...pensando mais um pouco...acho que posso afirmar mais uma coisa: muitas dessas sensações (senão todas) são sensações que podemos decidir sentir .
Por que o meu coração não pode mais sentir um calorzinho ao ver uma pessoa precisando de ajuda? Talvez porque eu tenha decidido ocupar a minha agenda com coisas voltadas pro meu próprio crescimento me impedindo de ver a necessidade das pessoas à minha volta.
Por que eu entro em crise com a minha Faculdade? Talvez porque eu tenha decidido esquecer o presente que é estudar numa faculdade como a minha e como eu posso fazer coisas grandes lá, mesmo que o meu curso não me anime tanto.
Por que?
Eu quero decidir lembrar de cada sensação boa gerada no meu coração pelas pessoas, pelo mundo, pela vida. Eu não quero que a minha vida diminua as suas dimensões, mas quero que ela aumente.
Eu decido sentir amor, sentir compaixão, sentir solidariedade. Do contrário, seria impossível amar alguém que me faz mal; sair do conforto da minha casa, ir para outro lugar com a simples esperança de ver alguém conhecendo Jesus; terminar uma faculdade tão pouco valorizada; deixar de olhar os meus interesses para olhar os interesses das outras pessoas; ultrapassar um sistema tão humilhante e limitador que rege a sociedade.
Qual é a sua sensação? Qual a sensação que vc decide ter?

13 de julho de 2010

Pensando em você

"Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Pensar em te esquecer
Pois quando penso em você
É quando não me sinto só
Com minhas letras e canções
Com o perfume das manhãs
Com as chuvas dos verões
Com o desenho das maçãs
Com você me sinto bem"
Pensando em você - Paulinho Moska
.

9 de julho de 2010

Eu ser




















Posso ver Você em cada coisa lá fora.
Em cada brilho,
Em cada brisa,



Em cada movimentar.
Será que mereço enxergar tanta beleza?
Meus olhos negros não deviam enxergar tudo escuro?



Você me dá o maravilhoso milagre de ver
Através dos Seus olhos.
Você é maior do que qualquer coisa
Que possa me coisificar.
Você é.


Eu não sou.
Com Você eu ser.
Já vale a pena viver.

4 de julho de 2010

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" Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripé estável. [...]

A covardia é o que de mais novo já me aconteceu, é a minha maior aventura [...]
É difícil perder-se. [...]

Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar a desorientação. Como é que se explica que o maior medo seja exatamente em realção: a ser? [...] Como se explica que o meu maior medo seja exatamente o de ir vivendo o que for sendo? Como é que se explica que eu não tolere ver, só porque a vida não é o que eu pensava e sim outra - como se antes eu tivesse sabido o que era! Por que é que ver é uma tal desorganização?

E uma desilusão. [...] Talvez desilusão seja o medo de não pertencer mais a um sistema. [...] O medo agora é que meu novo modo não faça sentido? Mas por que não me deixo guiar pelo que for acontecendo? Terei que correr o sagrado risco do acaso. E substituirei o destino pela probabilidade. [...]

Sei que precisarei tomar cuidado para não usar sub-repticiamente uma nova terceira perna que em mim renasce fácil como capim, e a essa perna protetora chamar de "uma verdade". [...] E que eu tenha a grande coragem de resistir a tentação de inventar uma nova forma."


Retirado de A Paixão segundo G.H, Clarice Lispector.

28 de junho de 2010

Palavras ao vento

Início
Nova era
Voar
Subir
Superar limites

Ultrapassar
Viver
Quadrada sem que me interroguem
Redonda sem que me julguem
Fim dos manuais

Estrela no céu
Cafuné
Paz
Contar
Verdade

Bem-me-quer?
Mal-me-quer?
Quero o bem
Quero o mal
DEle

Amor
Folhas
Vento
Flanar
Cenário

Bossa
Liberdade
Ideologia
Deus

17 de junho de 2010

Congresso Estudantil Alfa e Ômega 2010


Dos dias 03 a 06 de junho, estudantes do Brasil inteiro se reuniram com um só propósito: interagir como Jesus.

Muito antes do Congresso acontecer, a equipe organizadora já trabalhava intensamente para que todo o Brasil recebesse a divulgação necessária; para que o maior número de estudantes fosse recrutado; e para que todos os recursos (lugar, alimentação, material) fossem providenciados.

O Congresso aconteceu no CAP da Unigranrio, em Caxias. Foi bem difícil chegar lá de transporte público. Eu já não aguentava mais subir rampas com uma mala tão pesada, rs.

Chegando lá, pude dar abraços e receber abraços de pessoas queridas que não via há muito tempo. Ah...a saudade só se mata com um belo abraço mesmo!


Eu estava trabalhando na organização do Congresso e até às 19h não tinha me dado conta de que o Congresso iria começar. A abertura foi muito boa e abriu meu coração para todo o resto do Congresso. Pude ouvir um pouco mais, através do pastor Badú, sobre Jesus e de como ele amava os homens. Percebi como meu amor pelas pessoas ainda está pequeno diante do amor de Jesus.



Na sexta, aprendi um pouco mais sobre o papel das Igrejas e das Organizações missionárias na oficina de Modalidade / Sodalidade com o Gil. Aprendi que seria muito melhor se igrejas e organizações missionárias se unissem mais. Cada uma tem o seu papel no reino. Unindo forças poderíamos levar luz para mais pessoas.
À noite, a mensagem do pastor Badú mais uma vez abriu a minha mente para refletir sobre a falta de amor pelas pessoas que ocupava meu coração, me impedindo de ser relevante no meio em que vivo. Orei pedindo para que Deus me desse amor e para que eu pudesse falar daquilo que eu tenho vivido para os meus amigos.


Sábado foi o meu dia, o meu aniversário de 21 anos. Como foi bom poder acordar e estar com mais de 400 pessoas adorando o meu Criador, o Autor da minha fé, Aquele que me faz sentir o máximo de alegria que um ser humano pode ter. Não poderia estar num lugar melhor. Recebi "parabéns" em todos os sotaques. Que alegria!
Além disso, assisti a oficina de Pós-modernismo no campus que me fez entender como as gerações atuaram e como as coisas acontecem hoje. Minha geração precisa de mais paciência e descobrir a sua verdadeira vocação para ter sucesso em qualquer empreitada.

Ganhei muitos presentes comestíveis: um mate, um almoço, vários chocolates e até um bolo surpresa. Minha dieta foi pro espaço! rs. Mas o maior presente foi poder estar com alguns dos meus grandes amigos nesse dia tão especial.À noite, foi a Noite Especial. Depois de sermos confrontados a vivermos como Jesus, ceiamos juntos e foi um momento muito emocionante. Nos dividimos em grupos de 4, partimos o pão com as nossas próprias mãos e bebemos o suco no mesmo copo, como Jesus fazia com os seus discípulos. Acho que nunca tinha me sentido tão corpo de Cristo como naquela noite. O som de um lindo cântico foi se espalhando pelo salão e no final estávamos todos aplaudindo o nosso Deus.

Quero, de fato, estar comprometida com a minha geração e me dispor a agir em direção ao meu próximo. Quero servir e amar como Jesus amou. Quero viver o que mais cantei nesse Congresso:

"Juntos levaremos Tua luz
E levantaremos nossa voz
Juntos viveremos como Jesus
E não haverá limites pra nós"





"Até que cada estudante da minha geração conheça alguém que vedadeiramente segue a Cristo"

30 de maio de 2010

Barah



Barah - do hebraico: indica um ato exclusivo de Deus, uma criação a partir do nada.
Simplesmente...magnífico.

;)

.

4 de maio de 2010

Desnostalgia

Os minutos passam
E a ânsia de um porquê me mantém.
À procura das peças perdidas,
Verifico cada fotografia.

Outra pessoa,
Outro sorriso,
Outra visão.

Agora é a hora do corte.
De fios longos à fios curtos,
De orgulho à humildade,
De saber ao não saber.

Mais minutos vão se passar
E um novo sorriso brotará.
Novos fios, nova pele, novos olhos,
Nova visão.

Seguindo na contra-mão
Alimento meu não-querer.
Seguindo na confusão
Arrisco meu entender.

1 de maio de 2010

Casarão em obras

Turbilhão de emoções é o meu coração.
Palpita no peito quase que à morte.
Rasgam-se feridas regeneradas.

Ah...meu pôr do sol!
Dá-me o teu brilho e o teu calor
Para que eu não mais bata os queixos

Explosão retardatária,
Chegou tua vez.
Livre és para bagunçar meu casarão.

Exploda, despedace, quebre tudo
Para que eu possa limpar a poeira
E catar os vidros quebrados.

Horizonte em breve serei;
Arco-íris em dias nublados;
Brisa em dias comuns.

22 de abril de 2010

De: Carol ___ Para: Convicção

Convicção,

Obrigada pelos seus serviços prestados durante esses últimos anos. Com a sua ajuda, consegui calcular todo o meu futuro: tracei meu planos, coloquei-os em prática, vivi com toda a intensidade todos eles, mesmo que tivesse que passar por cima dos meus desejos. Afinal, você me disse q o Desejo nunca poderia me aconselhar bem. Eliminei tudo o que poderia me oferecer perigo, determinei tudo aquilo que poderia me desestabilizar e passei a marcar o tempo pra todas as coisas, pois ele é muito precioso. Me tornei quase uma vidente.

Pena que mesmo tendo tanta certeza de tudo, você não fez minha dor passar, não me ensinou a arriscar e fiquei mais cansada do que eu já era. Fiz tudo com os pés no chão e rechacei todo tipo de perigo que poderia correr. Afinal, você me disse que errar é humano, mas errar duas vezes é burrice.

Sei que aprendi muitas coisas com você. Acontece que a minha beleza desapareceu, os meus olhos deixaram de ser doces e o meu sorriso ficou amarelo. Hoje, à tarde, meus olhos se abriram e eu percebi que preciso de mais. Na verdade, não sei mais do que preciso.

Encontrei uma amiga, a Incerteza. Apesar de ela ser confusa, me disse muitas verdades. Cheguei a ficar com raiva dela, quando me chamou de teimosa e radical. Fui pra casa achando tudo aquilo um absurdo, já que sou uma pessoa muito equilibrada e flexível. Pensava... “São as minhas convicções que me movem. Não posso abandoná-las”.

Depois de algumas horas de brigas entre o tico e o teco, percebi que poderia estar muito errada e que, de fato, fui teimosa e radical. Não estava errada por ter seguido você. Tudo o que você me disse fez muito sentido naquela época. Errei por não ter ouvido também outras pessoas, como o Risco ou a Vida.

Sabe...fiquei muito triste por ver que me feri e feri pessoas por causa dos seus conselhos. Não me entenda mal. Sei que você tinha a melhor das intenções. Mas sabe...vc não devia ficar tão sozinha. Você pode acabar morrendo de solidão.

Desculpe Convicção, mas terei que limpar as minhas estantes agora. Preciso que você vá para o final da fila porque agora outras pessoas estão na sua frente. Depois que eu ouvi-las, vou te ouvir também. Sei que você ficará feliz porque vou colocar os livros de volta no lugar. Vocês poderão me ajudar aonde colocá-los, mas agora a escolha é minha e a flanela também.

Não fique com medo de eu me machucar. A vida é como uma corda bamba. No início, a gente cai toda hora, mas depois a gente pega o jeito e fica até com as pernas tonificadas.

Ah! Não brigue com a Incerteza por ela ter me falado aquelas coisas. Acho que vocês ainda podem ser grandes amigas.


Carol.






10 de abril de 2010

Do querer

Quero que o meu coração finalmente descanse.
Quero parar de pensar no como seria porque ele nunca será.
Quero parar de pensar no como foi porque ele não é mais.
Quero ter paz.

Quero poder ser sem medo.
Quero um pouco mais de paciência.
Quero que as interrogações se enforquem em suas voltas e se calem no seu ponto.
Quero um ombro pros dias em que os meus são decepados.

Quero que as pessoas parem de olhar pros seus umbigos e olhem pras mãos estendidas nas ruas.
Quero que o bem seja feito independente de quem.
Quero que as bolsas, óculos escuros e saltos desapareçam na sua própria futilidade.
Quero que a graça e o amor transformem a minha sociedade.

Quero levantar minha bandeira.
Quero trazer à memória aquilo que me dá esperança.
Quero um olhar doce e um sorriso.
Quero a constância daquele que me dá plenitude.

17 de março de 2010

Do gostar



Eu gosto de café, de cafés, de mate
De livros, livraria, poesia
De chocolate, chocolate, chocolate
De música, fotografia, arte.

Eu gosto de risos, abraços, companhia
De chuva, sol, mar
De música, melodia, alegria
De olhar, amar, calar.

Eu gosto de cheiro, pudor, sentimento
De falar, falar, falar
De água, fogo, vento
De amigos, família, gente.

Eu gosto de chinelos, fitas, flores
De sushi, panqueca, açaí
De perfumes, gracinhas, cores
De não-pensar, não-correr, não-sofrer.

Eu gosto de Deus, de Deus, de Deus
De tentar, conhecer, expressar
Esse amor, esse amor, esse amor
Que é meu, que é seu, é só provar.

5 de fevereiro de 2010

Projeto João Pessoa 2010













"Em pleno mês de janeiro
Um povo muito faceiro
Vindo de tudo que é canto
Se aprumou na Paraíba

Trazendo um riso cantado
Esse povo iluminado
Vai gritando aos quatro cantos
O Autor da nossa vida

Numa tal conexão
Alinhando coração
No campus então se ouvia
A verdade que ressoa

E um mundaréu vai sorrindo
Quando se vê descobrindo
Que Jesus Cristo alumia
Mais que o sol de João Pessoa..."

ATÉ QUE CADA ESTUDANTE CONHEÇA ALGUÉM QUE VERDADEIRAMENTE SEGUE A CRISTO.
"...fique à vontade, tire os sapatos e não pare nas escadas"