25 de dezembro de 2009

Trocando de pele

Pele doente, demente, fraca
Pele sem alma, sem calma, na palma
Da minha mão,
Que já não existe mais.

Tão inconstante, mutante.
Pele
Sem alma,
Sem rumo.
Sentido?
Nenhum.

Pele inflamada, queimada pela inconstância
Pela dor, pelo amor
Pela falta da presença.
Falta vazia,
Falta que me mata.

Nada leva a falta embora,
Nem as lágrimas, nem a dor, nem as lembranças.
Falta que tem de encontrar outro lar.
Falta que me faz tropeçar e amargar.

A luz que me deixa cega
Faz meus joelhos se dobrarem.
Paralisia.
Posição de humilhação;
Posição de redenção.

Chega de manuais,
De horas marcadas,
De previsibilidade,
De saber.

Não entender.
Viver
A autenticidade que falta.
Viver
A liberdade dada.

Falta, falta, falta.
Pele, pele, pele.
Troca a pele.
Falta some.
Não falta.
Não pele.
Trocando de pele.

Um comentário:

"...fique à vontade, tire os sapatos e não pare nas escadas"