25 de dezembro de 2009

Poesia em 5 min (qualquer um é capaz de escrever)

Desde que um sapo entrou em minha vida meu arrebol mudou de cor. A porta que sempre esteve aberta se fechou e o abismo que era intenso se multiplicou. Meu tênis não pode mais falar e minha canela não para de sangrar como a cachoeira da minha vida que não deixa de jorrar lamentos inquietantes. Porém, um mamão me disse que a discórdia não pode mais andar sem a lua para a iluminar assim como o breu não pode existir sem uma alma para lhe abraçar. O dilúvio é tão triste que traz os mortos à beira-mar e a catedral não mais existe sem um rumo à prosperar. Meu Deus, ainda assim, sofro em permitir que a densidade dos caules, a me rodiar, me sufoquem com seus olhos cor-de-mel me levando a proferir palavras de contentamento ao meu ego inflamável. Então, queime meu instinto protelador ou junte-se ao meu mundo incoerente e sem pudor.

Caroline Botelho e Viviane Botelho

[Porque as férias são feitas de coisas boas e bobas ;)]

2 comentários:

  1. O sentido do texto resume tudo! Belíssimo! Deviam nos contratar para algum jornal pela brilhante coerência do texto, não acha? rs
    Quero fazer isso mais vezes: desestressa. xD
    Beijo Carol.

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  2. Com certeza! Haha
    Acho q vou virar escritora!
    :P

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"...fique à vontade, tire os sapatos e não pare nas escadas"